Rui Cóias Transpoésie 2014 PT Onde a fuligem avança na maresia para o interior, e no meio da hora cálida desaba um passo, e outra sombra é a sombra de um prenúncio — ou alguém partindo num intervalo de pétalas — onde cinzas pairam na largueza dos baldios,...
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Rui Cóias Transpoésie 2014 PT Onde a fuligem avança na maresia para o interior, e no meio da hora cálida desaba um passo, e outra sombra é a sombra de um prenúncio — ou alguém partindo num intervalo de pétalas — onde cinzas pairam na largueza dos baldios, lá gerando o manto de numerosos anos, já ausentes, e sozinho alguém acolher o orvalho, ouvindo-se vagões em fundo, com o favor de tudo fluir e num ponto resumir-se, compreendemos talvez por fim, ainda que por instinto, fugaz parecença, ou sopro macilento, que essa é a vocação da morte. E porque o caminho é estreito, tal a criança por ele anda, porque o nosso rosto virão em breve tapar na cerimónia — com a deferência de preces inconsoladas, alinhamos a paisagem ao rumo diverso do que foi cartografado, e consoante a latitude — a idade — o local de acesso — ou quando a criança já no caminho não está, desfocamos o mundo com o que lhe acresce da incerteza, com o tempo que não temos nem iremos ter — cúmplices de um destino que nos liga ao i
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